Muitas vezes já me apanhei refletindo profundamente sobre o papel
de um pai neste século XXI de tantas transformações sociais. A família sendo sistematicamente
desvalorizada pela programação da TV aberta, o casamento sendo vulgarizado pela
possibilidade de felicidade fácil, os filhos perdendo a conexão com seus pais e
vice-versa, as leis sendo criadas mais para tirar o poder dos pais do que para
realmente dar liberdade com responsabilidade e a intolerância assolando todas
as camadas de uma população cada vez mais alienada. Onde estão o respeito e os
valores que sempre marcaram a caminhada humana, mesmo em tempos de crise? onde
estão os limites que dão forma às relações sociais? onde estão as lideranças
que podem falar forte para defender a família...mesmo a dita família moderna, que tenha o respeito como pilar central? quem são os ícones bons desta nova sociedade? onde estão
estes ícones? dá para contar nos dedos ou sobram dedos?
Sim,
vale a pena procurar sempre ser um bom pai e bom marido, porque as relações
humanas não precisam ser enxergadas apenas com olhos de ver, mas também com
olhos de enxergar minuciosamente as verdades. Há mais coisa entre o céu e a
terra do que nossa vã filosofia pode prever e certamente uma vida apenas seria
pouco para entendermos de onde viemos e para onde vamos. O coração fala alto e
diz que devemos manter nossas famílias unidas, porque no fim é justamente aí
onde haveremos de apoiar o pouco que sobrar desta sociedade atual, que
certamente será obrigada a passar por mudanças drásticas, envolta em grandes
perturbações físicas e espirituais. Aconteceu algo parecido quando surgiu a AIDS, naqueles tempos em vivi como adolescente e onde não tínhamos limites, achando que podíamos tudo, sem preocupações. Muitos se foram em pouco tempo e enormes ajustes se fizeram, porque o instinto de sobrevivência fala mais alto que qualquer outro.
Todas as pessoas tem direito de fazer suas escolhas e serem respeitadas por isso. Religião, opção sexual e política são coisas que não se discute mesmo, contanto que os limites do bom senso possam ser respeitados para todos os envolvidos.
Um grande abraço!
Luiz Loiola
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